domingo, 18 de outubro de 2009



- ANA
Esta mulher, pregadora do Reino de Deus, teve uma vida simples, mas de grande impacto. Casou-se bem nova e ficou casada só sete anos. Viúva por 84 anos e, já tinha 100 anos, era dedicada inteiramente ao serviço da casa de Deus, o Templo de Jerusalém.
Ela, desde a sua juventude, “treinou” seu corpo à santificação, à comunhão sem interrupção com o Deus de Israel!
Agora seu corpo estava “gasto” pela idade, mas seu lugar escolhido para repousar foi o templo; suas amigas, suas confidentes... conversava com Deus em oração; seu lazer, além de conversar com seu Deus, era jejuar de dia e noite.
Embora tivesse no corpo a marca dos anos, sua idade não impedia que seu coração mantivesse a esperança, a convicção da espera certa e a plena certeza da fidelidade de Deus.
Ela teve sua vida totalmente entregue ao Senhor Deus e fez da igreja sua casa. Participava da equipe de intercessão e ainda jejuava! Orava continuamente, servia a Deus de noite e de dia. (Lucas 2. 36-38). Não tinha sua mente distraída nem havia inquietude no seu espírito!
Uma mulher que se tornou solteira por ter perdido o marido tão cedo, escolheu viver sozinha durante muitas décadas, quando ser viúva era uma coisa terrível, pois não havia pensão do marido morto e muitas viúvas dependiam apenas da caridade da família. Ao invés de casar novamente ou de viver como uma viúva triste e rejeitada, Ana escolheu fazer de Deus seu esposo e viver perto dele.
Ela não se concentrou no que perdeu; prendeu-se ao que ela poderia ter com Deus e seu coração foi mais forte que o de muitas outras mulheres.
Ana fez parte de um grupo de onze pregadoras (profetizas) que são mencionadas na Bíblia!
Essa mulher teve a maior de todas as compensações, porque, sendo profetiza (profehtis = pregadora), viu o rosto do menino e o reconheceu como Jesus, o seu Salvador, o Messias prometido e falou a respeito dEle a todos os que esperavam a redenção de Jerusalém. Ela conheceu pessoalmente aquele que um dia seria massacrado por amor a ela e por todos nós (vrs. 36 - 38).

Na sua velhice viveu plenamente os alvos plantados na sua mocidade!
Que coração grandioso! Que exemplo foi ela!

segunda-feira, 12 de outubro de 2009


- RAQUEL

Parecia que ela nunca seria feliz... seu amado Jacó estava casado com outra e essa rival era sua própria irmã Lia! (Genesis 29).
Lia tinha olhos tenros, mas Raquel era de formoso semblante e formosa à vista (v. 17). Isso quer dizer que Raquel era “toda” bonita, alem de ser amada e desejada por Jacó!

Jacó amava intensamente a Raquel, porem, Labão, pai de Raquel e Lia e tio de Jacó, foi injusto com sua filha mais nova, dando a sua irmã mais velha, Lia, a Jacó como esposa. “Jacó, porquanto amava a Raquel, disse: Sete anos te servirei para ter a Raquel, tua filha mais moça. Respondeu Labão: Melhor é que eu a dê a ti do que a outro; fica comigo. Assim serviu Jacó sete anos por causa de Raquel; e estes lhe pareciam como poucos dias, pelo muito que a amava. Então Jacó disse a Labão: Dá-me minha mulher, porque o tempo já está cumprido; para que eu a tome por mulher”. (v. 18 – 21).
“Reuniu, pois, Labão todos os homens do lugar e fez um banquete” (v. 22), mas não foi para comemorar o casamento de Raquel, como ela e seu noivo esperavam. Fizeram os preparativos para o casamento, mas, apesar de Jacó amá-la tanto, não foi com ela que ele se casou. Na noite de núpcias, Labão vestiu Léia de noiva e a trouxe a Jacó. No outro dia Jacó descobriu...que decepção..., mas o matrimônio já tinha sido consumado. “E aconteceu que tomou Lia, sua filha, e trouxe-a a Jacó que a possuiu. E aconteceu que pela manhã, viu que era Lia; pelo que disse a Labão: Por que me fizeste isso? Não te tenho servido por Raquel? Por que então me enganaste? E disse Labão: “Não se faz assim em nossa terra; não se dá a menor antes da primogênita.” (v. 23 - 26).
Num ato de traição, o interesseiro Labão estava exigido que ele o servisse por mais sete anos para poder se casar com sua filha mais nova (v. 27).
Labão só visava lucros em sua vida, e apesar da traição, Jacó concordou com seu futuro sogro por causa do seu grande amor por sua filha mais nova. Ele não mediu esforços e concordou, pois a amava no mais profundo do seu coração.
Além dos sete anos que ele havia trabalhado para poder se casar com a sua amada, teve que trabalhar mais sete, e isso porque a amava muito. Raquel, irmã de Lia, era a amada de Jacó, mas ele estava casado com Lia, sua irmã mais velha.
Depois destes árduos quatorze anos, finalmente, ele conseguiu ter "o amor da sua vida" em seus braços. Cada gesto seu mostrava a todos, inclusive para sua mulher Lia, que Raquel era a que ele, realmente, amava. Apesar de já ter filhos com Lia, ele só tinha olhos para a sua amada Raquel.
Jacó passou mais sete anos trabalhando para o sogro e, no final desse período a bênção que havia sido roubada dela, sete anos atrás, chegou. Era o grande dia do seu casamento com o homem amado! Agora ela podia dizer: Xô tristeza!!

Mas o amor de Jacó não foi suficiente para Raquel. Ela era infeliz por ser estéril. Enquanto sua irmã, Lia, dava muitos filhos a Jacó, ela não podia ter filhos. O seu desespero se tornou tão intenso que ela chegou junto a Jacó e disse: "... Dá-me filhos, se não morro” ( 30.1-2).
Raquel orava e pedia a Deus filhos, enquanto parecia que Lia sua irmã, compensava a falta do amor do seu marido Jacó com a maternidade.
Raquel que parecia ser experiente em “esperar”, pois esperou quatorze anos para se casar com o homem da sua vida, não esperou no Senhor e deu sua serva Bila a Jacó. Ele, então, teve dela dois filhos - Dã e Naftali.
Mas, apesar da impaciência de Raquel “Deus a ouviu, e abriu a sua madre" (v. 22).
Raquel, finalmente, pôde dar um filho a Jacó que, no futuro, seria uma bênção para toda a sua família; o seu nome era José. Ela colocou no seu primeiro filho o nome de José que significa 'Deus acrescentará' era, realmente, um ato de fé, uma vez que ela tinha dificuldade de engravidar.
Raquel teve o seu pedido de ter mais um filho respondido pelo Senhor. Este pedido custou a sua vida, pois ao dar à luz o seu segundo filho, ela teve dificuldade no parto. “Faltando ainda um trecho pequeno para chegar a Efrata, Raquel começou a sentir dores de parto, e custou-lhe o dar à luz. (Genesis 35. 16). A parteira lhe falou, no meio do nascimento, que a criança era um menino. “Quando ela estava nas dores do parto, disse-lhe a parteira: Não temas, pois ainda terás este filho (v. 17). Ela morreu chamando seu filho de Benoni (filho de minha dor), mas Jacó o chamou de Benjamim, que em hebraico significa “filho da felicidade”.
Ela morreu cedo, bem antes de sua irmã Lia, mas viveu um amor intenso e abençoado com o homem da sua vida!

Hoje a Tumba de Raquel, situada entre Belém e o bairro de Jerusalem de Gilo, é visitada por milhares de pessoas cada ano.