segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010


- MULHER CURADA

Essa mulher é conhecida pelo seu sofrimento.
Ela era uma mulher que, alem da enfermidade, sofria com a discriminação, com a solidão, com o afastamento que lhe foi imposto por causa da doença que a afligia a doze anos.

Doze longos anos sozinha, sem contato com outras pessoas, sendo repudiada pela família, vizinhos, amigos e por todos aqueles que sabiam do seu problema. Ela, por causa de um fluxo de sangue, era considerada uma mulher imunda e, segundo o costume, qualquer pessoa que a tocasse também seria imunda.
Com ela se sentia junto a seu marido, filhos... Enfim, junto a sua família? Ou... será que ela ainda tinha família?

Em Levítico 15. 25-27 diz que ... "Também a mulher, quando tiver o fluxo do seu sangue, por muitos dias fora do tempo da sua separação, ou quando tiver fluxo de sangue por mais tempo do que a sua separação, todos os dias do fluxo da sua imundícia será imunda... Toda a cama, sobre que se deitar todos os dias do seu fluxo, ser-lhe-á como a cama da sua separação; e toda a coisa, sobre que se assentar, será imunda, conforme a imundícia da sua separação....”

O povo judeu obedecia a Palavra de Deus e, conforme o texto de Levítico ela era considerada imunda, por isso não podia se aproximar, muito menos tocar em ninguém. Até a cama que ela deitasse ou a cadeira que ela sentasse seriam imundos tambem.
Era mais comum a mulher ser considerada impura por apenas sete dias, tempo necessário para o período menstrual, mas com ela a situação era diferente, pois ela “menstruava” há doze anos.

Se ela vivesse nos nossos dias, com o avanço da medicina, este seu problema, certamente, seria resolvido, pois logo seria diagnosticado um tumor fibroso, ou um problema hormonal, ou mesmo alguma infecção, mas naquela época, muitos médicos trataram dela em vão. Ela "... havia padecido muito com muitos médicos" e além de tudo, ela havia "gasto tudo quanto tinha" (v. 26).

Fora o tremendo sofrimento da solidão, ela já não tinha mais dinheiro e sabia também que a ciência não podia fazer nada por ela. Para ela já tinha acabado a esperança.

Mas um dia ela ficou sabendo que Jesus curava, seu coração se encheu de certeza de que esta seria a sua chance. Ela só precisava chegar perto....mas como? Ela tinha um alvo e não podia deixar que nada a impedisse de alcançar o seu objetivo.

A multidão impedia o seu acesso ao Médico dos médicos, fora a fraqueza que ela devia sentir. Possivelmente ela estava com anemia profunda, assaduras....ela, com certeza, estava bem debilitada fisicamente. Se ela tivesse pelo menos a chance de tocar nas vestes dele...
Essa mulher estava muito doente, estava fragilizada física e emocionalmente, mas ela precisava vencer todos os obstáculos.

Mesmo sabendo do risco que estava correndo, ela avançou pelo meio da multidão e numa atitude de ousadia tocou, apenas tocou na roupa de Jesus. Ele sabia por que e quem o tinha tocado. Mas para tornar solene aquele ato de fé, para marcar aquele dia na vida dela, Ele disse: "Quem tocou nas Minhas vestes?" (v. 30).

Esse momento foi único na vida dessa mulher. Mesmo fraca, anêmica, abatida por um sofrimento tão longo, ela, talvez por medo ou gratidão, caiu a Seus pés e falou da sua dor.
Ela vivia só, vivia afastada de todos por ser imunda, situação causada por uma enfermidade que ela não escolheu ter, mas que lhe aconteceu. Não tinha com quem desabafar, seu sofrimento era só seu.

Ela contou para Jesus sobre os doze anos de sofrimento por causa de uma hemorragia, sua separação dos seus entes queridos e também o dinheiro que gastou com médicos. Foram doze anos de solidão e tremenda aflição. Ela sabia que não deveria tocar em ninguém, mas, pela fé ela arriscou ser censurada pelo mestre e por todas aquelas pessoas que seguiam Jesus tocando em Suas vestes.
Ele ternamente falou com ela. Não a censurou, não mandou que ela se afastasse, mas a chamou de filha. Ele a via, a reconhecia como uma querida filha.

Jesus, o nosso terno Jesus disse-lhe palavras doces, palavras carinhosas que ela, certamente, não ouvia de ninguém e que a deixaram muito feliz... "Filha, a tua fé te salvou”.

Como é meigo e lindo o nosso Jesus!!!


terça-feira, 26 de janeiro de 2010



- RODE

Seu nome no grego quer dizer Rosa.

Esta é a historia de uma menina que na sua fragilidade de criança foi um instrumento usado nas mãos de Deus. (Atos 12. 1 – 19).

Há versão bíblica que diz: “E, batendo Pedro à porta do pátio, uma menina chamada Rode saiu a escutar”. Outra diz “uma empregada chamada Rode saiu a escutar” (v. 13).
Sabemos que os irmãos estavam reunidos na casa de uma mulher rica, e que, provavelmente tinha empregados, mas não importa, na realidade, qual era a função da menina na casa e o que a levou a ser a primeira a ouvir a voz do seu amado Apostolo Pedro... (v. 14).

(The New Manners and Customs of Bible Times, págs 39 e 40 diz: Uma casa suntuosa pelo exterior não parecia convidativa porque a entrada era por uma única porta de cedro que geralmente estava trancada e guardada por um porteiro .... O porteiro ficava sentado em um pórtico atrás do portão e esperava até que reconhecesse a voz da pessoa que desejava entrar).

A igreja estava reunida na casa de Maria, mãe de João Marcos, orando. Nossos irmãos pentecostais, recém batizados com fogo... eles eram os legítimos “sapatinho de fogo”.... O clamor pelo milagre devia ser alto... Era preciso estar mesmo perto da porta para ouvir alguém chamar pelo lado de fora...

O perverso rei Herodes queria acabar com os seguidores de Jesus. Ele mandou prender Pedro, acorrentando-o, pois pretendia mandá-lo a julgamento. “Pedro, pois, era guardado na prisão por quatro escoltas de quatro soldados cada uma; mas a Igreja fazia contínua oração por ele a Deus.” (vs. 4, 5).

A igreja estava numa vigília, orando em unidade e amor, e aí então aconteceu o milagre, porque “a oração do justo pode muito em seu efeito” (Tiago 5. 16).
Durante a noite o Senhor mandou um anjo que tirou Pedro da prisão. Ele foi ao lugar onde a igreja estava reunida e bateu à porta.
O versículo 13 diz que Pedro “bateu na porta da frente e Rode foi ver quem era”.
Possivelmente a menina, no lugar do porteiro e com o ouvido encostado na porta, pelo lado de dentro, ouviu... ouviu... Pedro se identificou e ela reconheceu a sua voz (Vs. 13, 14).
Rode ficou tão alegre, tão empolgada que correu de volta para contar aos outros, ao invés de abrir logo a porta para Pedro entrar, deixando-o lá fora, correndo o risco de ser visto e talvez recapturado (o anjo já tinha “se apartado dele”) v. 10 e "enquanto isso Pedro continuava batendo. Então abriram a porta e, quando viram que era Pedro mesmo, ficaram assustados." (v. 16).
Imagino o nervosismo dela, sua agitação... talvez sem entender direito, devido a sua pouca idade, porque os irmãos estavam tão apavorados. Mas a igreja não estava orando para que isso acontecesse? Eles não pediam para que Pedro milagrosamente fosse solto?

E ainda acharam que ela estava maluca!

Rode não foi apenas uma porteira, ela era ali também uma das intercessoras!

Uma criança fazendo parte da vida da igreja que se iniciava!
Com certeza foi um momento marcante na vida dela. Ela enquanto viveu não se esqueceu desse dia!

domingo, 24 de janeiro de 2010



- A MULHER CANANÉIA

Essa mulher era grega, portando não fazia parte da raça judaica.
Mas o problema não era só ela ser gentia. Sua situação era totalmente desfavorável. Mesmo que ela fosse judia... ela era uma mulher e as mulheres eram reduzidas a nada (os rabinos chegavam a discutir se as mulheres tinham mesmo alma).
Um escravo ou um menino podia ler a lei nas sinagogas, mas uma mulher não, isso não era permitido nem a uma judia adulta! Mas o Mestre Jesus era diferente! Ele nunca fez acepção de pessoas e muito menos, nunca decepcionou uma mulher!

Para Deus não importava se ela era judia ou não (muitos judeus perderam a salvação e as bênçãos de Deus porque rejeitaram Jesus, e muitos gentios foram salvos porque o reconheceram e aceitaram).
A verdadeira fé pode ás vezes ser encontrada onde menos poderia ser esperada.
A mulher Cananéia não era judia, mas tinha qualidades em sua vida que agradavam a Deus. Ela era humilde e cheia de fé, era uma boa mãe e estava passando por tribulações que a faziam sofrer muito. Sua filha estava sofrendo, mas ela, certamente, sofria muito mais.

Essa mulher estava vivendo um problema muito sério. Não suportava mais ver sua filhinha endemoniada, e estava “horrivelmente endemoniada”, diz a Bíblia. Provavelmente estava com o rosto desfigurado, talvez emitisse ruídos estranhos, podia até dar gargalhadas e ter a voz destorcida... A cena era assustadora e o sofrimento das duas era terrível!
A Bíblia nos diz que ela "... ouvindo falar de Jesus, foi e lançou-se aos Seus pés" (Marcos 7. 25).
Já podemos notar aí os primeiros sinais de humildade, pois ela "lançou-se a Seus pés", não com um espírito altivo, mas fez um pedido com o coração quebrantado, prostrada diante do único que podia ajudá-la.
Ela rogando a Jesus... "Senhor, cura a minha filhinha, pois ela anda atormentada com um demônio! Tem misericórdia dela, Senhor!" E Jesus lhe respondeu assim: "Deixa primeiro saciar os filhos; porque não convém tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos" (v. 27).

"Cachorrinho" era o termo que os judeus usavam para se referir aos gentios, porque consideravam que o povo de outra raça não valia mais que esse animal, em relação as bênçãos de Deus (e ainda desprezavam o “melhor amigo do homem”...).

Possivelmente ela já tinha ouvido essa expressão outras vezes, mas mesmo diante desse argumento de Jesus, ela não se intimidou com a situação aparentemente adversa. Ela não ficou ofendida, não se sentiu discriminada, não fez o papel de vítima, não perdeu o objetivo: Ela foi sensível e, ao mesmo tempo, forte, decidida, ousada. Ela buscava uma benção
e se se deixasse invadir pela raiva a vitória não seria alcançada.
Jesus, mesmo vindo para os seus, os judeus, viu a potência de fé daquela mãe.Ela teve a capacidade de esquecer-se de si mesma, pela sua filha.É bonito ver essa força, essa garra da Cananéia que vai à frente de todos para pedir por sua filha. Ela não desistiu.

O amor de mãe a impulsionou, ativou a sua coragem.
Por que Jesus deu a esta sofrida mulher uma resposta, aparentemente, tão dura?
O termo que Jesus usa neste trecho para "cachorrinhos" não era aquele termo irônico que os judeus geralmente reservavam para os gentios. Pelo contrário, era o termo usado para cãezinhos de estimação, conforme Marcos 7. 28.
Com um espírito de mansidão e humildade no coração e entendendo o que Seu Senhor quis dizer por “cachorrinho”, ela respondeu a Jesus com palavras sábias e doces... "Sim, Senhor; mas também os cachorrinhos comem, debaixo da mesa as migalhas dos filhos ( os farelos que as crianças deixam cair no chão, em baixo da mesa)".
Ela disse em outras palavras “prefiro uma migalha do Senhor do que um banquete do diabo”(v.27).
Que resposta sábia! Por causa desta atitude ela moveu o coração de Jesus.
Jesus então lhe disse: "Ó mulher, grande é a tua fé! Seja isso feito para contigo como tu desejas" (Mateus 15. 28).
O Senhor Jesus foi tocado pelo amor de uma mãe desesperada, pela sabedoria de uma mulher virtuosa e pela fé de uma mulher segundo o coração de Deus. Finalmente, depois de ter proferido palavras que mostraram ao Senhor a sua humildade e fé, ouviu de Sua boca: "... “Por causa dessa palavra, vai (para sua casa); o demônio já saiu da tua filha" (v.29).
Com o coração jubiloso e pulsando forte, ela voltou para a sua casa, e certamente correndo, agradecida ao Senhor por ter livrado a sua filha da maldade do capeta.

Se não fosse por essa aflição, com certeza, ela não teria procurado Jesus, e se não fosse pela sua determinação em se fazer ouvir - porque ela não foi bem recebida pelos discípulos, (talvez eles considerassem também que uma habitante da costa de Tiro e Sidom fosse indigna de receber ajuda por parte do Mestre). Os discípulos disseram: “Mande que ela vá andando, porque ela esta irritando a gente com todas as suas queixas”. (v. 23). Mas ela não deu importância aos “bla, bla, blas”, mas adorou o Senhor! (v. 25). Que privilégio ela teve! As circunstancias não a impediram de oferecer adoração a Jesus!

Se ela tivesse desistido poderia ter vivido e morrido sem jamais ter conhecido a Jesus - como tantas outras mulheres da sua época - e ser alcançada com a benção da libertação: ela e sua filha!
Chegando em casa, ela "achou a filha deitada sobre a cama, pois o demônio já tinha saído" (v.30). Glória a Deus!!!

Valeu a pena ser persistente.

domingo, 18 de outubro de 2009



- ANA
Esta mulher, pregadora do Reino de Deus, teve uma vida simples, mas de grande impacto. Casou-se bem nova e ficou casada só sete anos. Viúva por 84 anos e, já tinha 100 anos, era dedicada inteiramente ao serviço da casa de Deus, o Templo de Jerusalém.
Ela, desde a sua juventude, “treinou” seu corpo à santificação, à comunhão sem interrupção com o Deus de Israel!
Agora seu corpo estava “gasto” pela idade, mas seu lugar escolhido para repousar foi o templo; suas amigas, suas confidentes... conversava com Deus em oração; seu lazer, além de conversar com seu Deus, era jejuar de dia e noite.
Embora tivesse no corpo a marca dos anos, sua idade não impedia que seu coração mantivesse a esperança, a convicção da espera certa e a plena certeza da fidelidade de Deus.
Ela teve sua vida totalmente entregue ao Senhor Deus e fez da igreja sua casa. Participava da equipe de intercessão e ainda jejuava! Orava continuamente, servia a Deus de noite e de dia. (Lucas 2. 36-38). Não tinha sua mente distraída nem havia inquietude no seu espírito!
Uma mulher que se tornou solteira por ter perdido o marido tão cedo, escolheu viver sozinha durante muitas décadas, quando ser viúva era uma coisa terrível, pois não havia pensão do marido morto e muitas viúvas dependiam apenas da caridade da família. Ao invés de casar novamente ou de viver como uma viúva triste e rejeitada, Ana escolheu fazer de Deus seu esposo e viver perto dele.
Ela não se concentrou no que perdeu; prendeu-se ao que ela poderia ter com Deus e seu coração foi mais forte que o de muitas outras mulheres.
Ana fez parte de um grupo de onze pregadoras (profetizas) que são mencionadas na Bíblia!
Essa mulher teve a maior de todas as compensações, porque, sendo profetiza (profehtis = pregadora), viu o rosto do menino e o reconheceu como Jesus, o seu Salvador, o Messias prometido e falou a respeito dEle a todos os que esperavam a redenção de Jerusalém. Ela conheceu pessoalmente aquele que um dia seria massacrado por amor a ela e por todos nós (vrs. 36 - 38).

Na sua velhice viveu plenamente os alvos plantados na sua mocidade!
Que coração grandioso! Que exemplo foi ela!

segunda-feira, 12 de outubro de 2009


- RAQUEL

Parecia que ela nunca seria feliz... seu amado Jacó estava casado com outra e essa rival era sua própria irmã Lia! (Genesis 29).
Lia tinha olhos tenros, mas Raquel era de formoso semblante e formosa à vista (v. 17). Isso quer dizer que Raquel era “toda” bonita, alem de ser amada e desejada por Jacó!

Jacó amava intensamente a Raquel, porem, Labão, pai de Raquel e Lia e tio de Jacó, foi injusto com sua filha mais nova, dando a sua irmã mais velha, Lia, a Jacó como esposa. “Jacó, porquanto amava a Raquel, disse: Sete anos te servirei para ter a Raquel, tua filha mais moça. Respondeu Labão: Melhor é que eu a dê a ti do que a outro; fica comigo. Assim serviu Jacó sete anos por causa de Raquel; e estes lhe pareciam como poucos dias, pelo muito que a amava. Então Jacó disse a Labão: Dá-me minha mulher, porque o tempo já está cumprido; para que eu a tome por mulher”. (v. 18 – 21).
“Reuniu, pois, Labão todos os homens do lugar e fez um banquete” (v. 22), mas não foi para comemorar o casamento de Raquel, como ela e seu noivo esperavam. Fizeram os preparativos para o casamento, mas, apesar de Jacó amá-la tanto, não foi com ela que ele se casou. Na noite de núpcias, Labão vestiu Léia de noiva e a trouxe a Jacó. No outro dia Jacó descobriu...que decepção..., mas o matrimônio já tinha sido consumado. “E aconteceu que tomou Lia, sua filha, e trouxe-a a Jacó que a possuiu. E aconteceu que pela manhã, viu que era Lia; pelo que disse a Labão: Por que me fizeste isso? Não te tenho servido por Raquel? Por que então me enganaste? E disse Labão: “Não se faz assim em nossa terra; não se dá a menor antes da primogênita.” (v. 23 - 26).
Num ato de traição, o interesseiro Labão estava exigido que ele o servisse por mais sete anos para poder se casar com sua filha mais nova (v. 27).
Labão só visava lucros em sua vida, e apesar da traição, Jacó concordou com seu futuro sogro por causa do seu grande amor por sua filha mais nova. Ele não mediu esforços e concordou, pois a amava no mais profundo do seu coração.
Além dos sete anos que ele havia trabalhado para poder se casar com a sua amada, teve que trabalhar mais sete, e isso porque a amava muito. Raquel, irmã de Lia, era a amada de Jacó, mas ele estava casado com Lia, sua irmã mais velha.
Depois destes árduos quatorze anos, finalmente, ele conseguiu ter "o amor da sua vida" em seus braços. Cada gesto seu mostrava a todos, inclusive para sua mulher Lia, que Raquel era a que ele, realmente, amava. Apesar de já ter filhos com Lia, ele só tinha olhos para a sua amada Raquel.
Jacó passou mais sete anos trabalhando para o sogro e, no final desse período a bênção que havia sido roubada dela, sete anos atrás, chegou. Era o grande dia do seu casamento com o homem amado! Agora ela podia dizer: Xô tristeza!!

Mas o amor de Jacó não foi suficiente para Raquel. Ela era infeliz por ser estéril. Enquanto sua irmã, Lia, dava muitos filhos a Jacó, ela não podia ter filhos. O seu desespero se tornou tão intenso que ela chegou junto a Jacó e disse: "... Dá-me filhos, se não morro” ( 30.1-2).
Raquel orava e pedia a Deus filhos, enquanto parecia que Lia sua irmã, compensava a falta do amor do seu marido Jacó com a maternidade.
Raquel que parecia ser experiente em “esperar”, pois esperou quatorze anos para se casar com o homem da sua vida, não esperou no Senhor e deu sua serva Bila a Jacó. Ele, então, teve dela dois filhos - Dã e Naftali.
Mas, apesar da impaciência de Raquel “Deus a ouviu, e abriu a sua madre" (v. 22).
Raquel, finalmente, pôde dar um filho a Jacó que, no futuro, seria uma bênção para toda a sua família; o seu nome era José. Ela colocou no seu primeiro filho o nome de José que significa 'Deus acrescentará' era, realmente, um ato de fé, uma vez que ela tinha dificuldade de engravidar.
Raquel teve o seu pedido de ter mais um filho respondido pelo Senhor. Este pedido custou a sua vida, pois ao dar à luz o seu segundo filho, ela teve dificuldade no parto. “Faltando ainda um trecho pequeno para chegar a Efrata, Raquel começou a sentir dores de parto, e custou-lhe o dar à luz. (Genesis 35. 16). A parteira lhe falou, no meio do nascimento, que a criança era um menino. “Quando ela estava nas dores do parto, disse-lhe a parteira: Não temas, pois ainda terás este filho (v. 17). Ela morreu chamando seu filho de Benoni (filho de minha dor), mas Jacó o chamou de Benjamim, que em hebraico significa “filho da felicidade”.
Ela morreu cedo, bem antes de sua irmã Lia, mas viveu um amor intenso e abençoado com o homem da sua vida!

Hoje a Tumba de Raquel, situada entre Belém e o bairro de Jerusalem de Gilo, é visitada por milhares de pessoas cada ano.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009



- A RAINHA DE SABÁ

Esta mulher foi uma rainha, provavelmente negra, muito bela e muito rica que reinou na cidade de Sabá. Além de bonita e rica era também corajosa, curiosa, bem-humorada e decidida. Esta cidade ficava cerca de dois mil quilômetros da cidade de Jerusalém.

Neste tempo, os meios de comunicação eram muito precários. As notícias, mesmo com todas estas dificuldades, se espalhavam através de pessoas que andavam a pé ou viajavam em jumento ou camelo e assim as notícias do rei Salomão chegaram até ela.

Então ela tomou uma decisão muito importante e que iria mudar toda a sua vida: ela iria até Jerusalém para ver se tudo o que estavam dizendo era verdade. A sua viagem seria muito longa, mas ela decidiu fazê-la. Reunindo soldados, servos, animais, presentes e bastante comida, ela partiu de Sabá rumo a Jerusalém, onde ela estaria frente a frente com o homem mais sábio do mundo, o rei Salomão. A fim de que pudesse alcançar seu objetivo, ela não se preocupou com o cansaço e nem com a distância, não se preocupou com quanto iria gastar com os presentes que ela levaria para o rei Salomão - trouxe de presente quatro toneladas e meia de ouro (1 Reis 10: 10) e mais especiarias e pedras preciosas, afinal Salomão era rico e ela não poderia encontrá-lo levando só uma “lembrançinha”. O mais importante para ela era conhecer o rei Salomão, ver se, realmente, era como ela tinha ouvido falar e saber mais sobre o Deus que ele confiava.

Depois de uma longa e cansativa viagem, esta bela e rica rainha, que veio ver e ouvir da sabedoria de Salomão chegou a Israel com toda a sua comitiva. Calcula-se que a cada dia, ela viajava com toda a sua comitiva, cerca de trinta quilômetros. Isto ela fez por setenta e cinco dias.

Quando a rainha viu a sabedoria de Salomão, a casa que ele fizera, a comida que havia na sua mesa, o modo de agir de seus servos, as suas vestes, os seus copeiros e os holocaustos que ele oferecia na casa do Senhor, a Bíblia nos diz que ela "ficou fora de si" (1Reis 10: 4, 5).

A Bíblia nos diz que ela "disse-lhe tudo quanto tinha no seu coração", e ainda que "... Salomão lhe deu resposta a todas as suas perguntas, nada houve que não lhe pudesse esclarecer" (1 Reis 10. 2, 3). Não há na Bíblia, explicitamente, sinal de amor ou atração sexual entre eles. Contudo... "deu à rainha tudo o que ela desejou..." (1 Reis 10. 13) e Salomão sedutor como era... (1 Reis 11. 3)

“A tradição etíope posterior afirma com segurança que o rei Salomão realmente seduziu e engravidou sua convidada, um assunto de importância considerável para o povo etíope, já que a linhagem de seus imperadores remontaria àquela união”.

(O famoso ditador africano Haile Salassié, que viveu na primeira metade do Século 20, dizia ser descendente direto da Rainha de Sabá com Salomão). Será?

Como não há confirmação bíblica...É melhor ficarmos com o que está escrito em Deuteronômio 29. 29, com a certeza que um dia saberemos toda a verdade, tudo nos será revelado!!!

- A VIUVA POBRE

Aqui está outra mulher “sem nome”, mas com uma história de profunda confiança e dependência de Deus.

“E, sentado frente ao Tesouro do templo, observava como a multidão lançava pequenas moedas no Tesouro, e muitos ricos lançavam muitas moedas. Vindo uma pobre viúva, lançou duas moedinhas, isto é, um quadrante. E chamando a si os discípulos, disse-lhes: “Em verdade eu vos digo que esta viúva que é pobre lançou mais do que todos os que ofereceram moedas ao Tesouro. Pois todos os outros deram do que lhes sobrava. Ela, porém, na sua penúria, ofereceu tudo o que tinha, tudo o que possuía para viver.” (Marcos 12. 40 – 44).

Jesus sentou perto do gazofilácio, que ficava no pátio exterior do templo. Ele ficou observando, olhando com atenção. Só ele podia julgar a oferta das pessoas, pois só ele vê o coração.

Havia sete caixas (arcas) para o imposto do templo e seis para ofertas voluntárias. Eram caixas pequenas, se alguém desse muito a oferta transbordaria pela caixa e ele seria visto por todos. Ele via homens ricos, homens que se orgulhavam do seu poder social, homens que faziam do momento de ofertar momento de “aparecer”. É fácil imaginar o tilintar de cada moeda que era colocada ali...

Jesus via que esses homens de destaque ofertavam “mais para serem vistos pelos outros do que para Deus” (Mateus 6.1-4) e seguramente se entristecia profundamente com essa atitude. Eles se faziam de santos, mas exploravam as viúvas, deixando-as na miséria. (Lucas 20. 45-47). Repentinamente alguém prendeu a atenção dele. Uma senhora se aproximou de um dos treze gazofilácios. Os olhos do Senhor se voltaram, observou atentamente sua atitude. Jesus viu que ela havia colocado ali apenas duas moedas e que era tudo que ela tinha. Jesus contrasta então a atitude dos escribas (que exploravam as viúvas!) e de todos os ricos, que contribuíam para a manutenção do templo apenas com o que lhes sobrava, com o nobre gesto de desprendimento daquela pobre mulher.

A maioria das viúvas naquele tempo era realmente pobre, porque não tinha o direito de trabalhar, não tinha pensão do marido morto, e, portanto, dependia somente da caridade dos parentes, quando lhe morria o marido. Essa mulher depositou numa destas caixas duas moedas de cobre. Eram dois leptos; a menor moeda grega de bronze, equivalente ao centavo brasileiro. Eram moedas pequenas, finas e leves, moedinhas com que poderia comprar um pouco de pão.

Ele notou o quanto custou à viúva doar aquela quantia; obviamente era tudo do que ela dispunha. No meio de tanta ostentação da parte dos ricos e do esplendor da magnífica edificação do Templo, a atitude da mulher parecia ridícula, quase uma afronta. Em que essa quantia miserável podia ajudar no serviço sagrado?

Ao colocar ali as únicas moedas que lhe restavam, naquela oferta anual, ela foi contemplada com um grande elogio do próprio Jesus Cristo.

Todos podiam ver seu vestido e seus calçados gastos pelo uso constante, sua pele maltratada, a fragilidade da sua idade... mas Jesus viu não só a sua aparência, Ele viu que os outros jamais poderiam ver ... o amor em doar e a confiança de que Deus supriria todas a suas necessidades. Enquanto os outros davam do que sobrava, ela deu tudo que possuía. Ela não queria aparecer diante de Deus com mãos e nem coração vazios! (Ex odo 34. 20).

Jesus estava de olho nela, observando não só a sua atitude, mas o seu coração.

Certamente nossas ofertas estão também sendo registradas lá no céu.

É importante seguir os mesmos passos desta viúva, uma mulher honrada e elogiada por Jesus!