segunda-feira, 24 de agosto de 2009

- ISABEL

Essa mulher já era “de idade avançada” e sabia que toda a esperança de ter filhos estava perdida para sempre. Ela se sentia como se a sua vida tivesse passado e que as suas esperanças e seus sonhos nunca iriam se realizar.

O tempo passava e ela ia ficando cada vez mais velha... Será que era tempo de desistir do seu sonho?

É fácil supor que Isabel se sentia profundamente desapontada por causa de sua condição. Contudo, não há nenhuma indicação de que ela fosse uma pessoa amargurada ou que houvesse se voltado contra Deus. Em vez disso, nos é revelado que andava “sem repreensão em todos os mandamentos e preceitos do Senhor” (Lucas 1. 6). Esta expressão, “andar sem repreensão” significa uma vida bonita, exemplar diante da sociedade da época. Enquanto Zacarias, o seu marido, encontrou realização em uma atividade de destaque, como sacerdote, Isabel teve negada a função básica das mulheres de seu tempo: a maternidade.

Mesmo tendo vindo de uma família tradicional (ela era descendente de Arão, o primeiro sumo sacerdote (v. 5), se sentia desprezada pelas pessoas. Então, de forma fantástica, Deus se manifestou a ela. De repente, toda a vida de Isabel mudou.

Tida como estéril e desprezada, agora ela era o assunto da cidade. Não dá para esconder uma criança que vai nascer. Já não era mais simplesmente esposa de um sacerdote respeitado, era uma mulher realizada. Seu sonho embora parecesse tão demorado, aconteceu! A resposta da oração chegou (Lucas 1. 13). “E depois daqueles dias, Isabel, sua mulher, concebeu, e por cinco meses se ocultou, dizendo: Assim me fez o Senhor, nos dias em que atentou em mim, para destruir o meu opróbrio entre os homens.” (vs. 24, 25).

A criança especial de Deus chegou no tempo certo, no tempo de Deus, sem absolutamente nenhum atraso.

Isabel, ao conceber, se ocultou por cinco meses. Isabel se escondia porque pensava que as pessoas poderiam interpretá-la incorretamente por ser “velha, estéril e sonhadora”: e, agora, estava grávida, mas ela “curtiu” sua gravidez vendo o marido “mudo” como um sinal de que o Senhor tinha grandes planos para o pequenino que iria nascer...

Quando a criança nasceu e foi circuncidada ao oitavo dia, segundo a tradição judaica, as pessoas desejavam que o menino recebesse o nome do pai, mas Isabel disse com intrepidez o nome que Deus havia escolhido para o filho dela: João. Seu nome será João! (v. 60).

Isabel foi uma mãe zelosa e sábia. Ela soube confiar em Deus e sujeitar-se à sua direção na criação de João Batista. O menino cresceu e se fortaleceu no Espírito Santo e foi o precursor de Jesus em seu ministério. Ele preparou o caminho do Senhor Jesus, levando o povo ao arrependimento e anunciando o Reino de Deus em Cristo Jesus.

E Deus cumpriu o seu propósito usando uma senhora idosa, estéril, entretanto, cheia de fé e confiança no seu Deus.

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