sexta-feira, 21 de agosto de 2009

- RISPA

A mãe incansável!

Rispa era uma mulher forte e de caráter firme. Seu nome significa “pedra quente”. Ela foi esposa do rei Saul e teve com ele dois filhos: Armoni e Mefibosete.

A Bíblia nos relata que houve três anos de fome em Israel. Foi um tempo difícil e com grandes perdas para o povo e a nação. O rei Davi então consultou ao Senhor e o Senhor respondeu: “Há culpa de sangue sobre Saul e sobre a sua casa, porque ele matou os gibeonitas.” (2 Samuel 21.1).

Davi chamou os gibeonitas e lhes perguntou: “O que quereis que eu vos faça?...E a sua resposta foi: ...“de seus filhos se nos dêem sete homens, para que os enforquemos...” (v.3-6.)

Davi estava diante de dura situação: de um lado o povo de Israel, sofrendo com a seca as conseqüências da desobediência de Saul, seu antecessor, e de outro lado a dor de mandar enforcar homens da sua própria família, pois Davi era genro de Saul... Saul não respeitara a aliança feita por Josué aos gibeonitas (Josué 9.15, 20-21). E Davi teve de escolher sete homens da família de Saul para serem enforcados, para que a chuva pudesse novamente cair sobre a terra de Israel.

Davi escolheu os cinco netos de Saul, e os dois filhos de Rispa, filhos de Saul. A Bíblia diz que foram mortos nos primeiros dias da ceifa da cevada.

Seus corpos foram esquecidos pelos seus executores, foram deixados pendurados na arvore, ao relento. “Então Rispa, filha de Aiá, tomou um pano de saco, e o estendeu para si sobre uma penha, desde o princípio da ceifa, até que sobre eles caiu água do céu; e não deixou as aves do céu pousar sobre eles de dia, nem os animais do campo de noite.” (v. 10)

Rispa assistiu ao milagre da chuva caindo depois de três anos de seca após a execução dos seus dois filhos; conseqüência da atitude errada de Saul e de seu “zelo” pelo Senhor, Rispa pôde ver o valor de uma aliança feita diante de Deus... As conseqüências do rompimento de uma palavra empenhada.

Rispa, a mãe de Armoni e Mefibosete, que era a “pedra quente”, firme como uma rocha “tomou um pano de saco e o estendeu para si sobre uma penha em frente aos cadáveres de seus filhos e os ficou guardando de dia e de noite, desde o princípio da ceifa, até que sobre eles caiu água do céu e não deixou as aves do céu pousar sobre eles de dia, nem os animais do campo de noite.” (v.10).

Ela que era acostumada ao conforto do palácio, se sentava em poltronas macias... Ao colocar ali um pano de saco e não um tapete “persa”, ou uma almofada confortável, percebe-se a dor de Rispa; sua humilhação diante de Deus em favor de seus filhos.

Imagine a dor dessa mulher diante dos corpos em decomposição, dia e noite! Imagine o que se passava em seu coração de mãe! Suas lágrimas e o desejo de vê-los com um sepultamento digno, pelo menos.

(Na lei judaica adiar o sepultamento é visto como um desrespeito para com o morto. Logo após o falecimento, o corpo é coberto, pois segundo a tradição se considera que deixar o corpo à vista, se deixar os corpos expostos, é uma violação do princípio de "kevod ha'met", respeito pelos mortos. A lei ordena que o corpo seja sepultado o mais breve possível, de preferência no mesmo dia. Esta regra deriva de uma injunção bíblica no caso de um criminoso ser condenado a pena de morte e enforcado numa árvore: "Seu cadáver não poderá permanecer ali durante a noite, mas tu o sepultarás no mesmo dia" (Deuteronômio 21:23). Uma exceção é feita no Shabat, durante o qual não se pode realizar o enterro. É proibido a exibição de féretro aberto. O morto deve ser envolto por um sudário branco (tra’hrihim) depois de ser lavado e purificado. O enlutado não está só; muito pelo contrário, ele faz parte da 'comunidade' dos "enlutados de Sion". Primeiramente, durante a Shivá (a primeira semana de luto), realizam-se diariamente serviços religiosos na casa dos enlutados...).

Com foi diferente com Rispa! Ela ficou em seu posto sozinha. O “grupo de intercessão judaico” não apareceu! Espantava as aves de dia e as feras de noite. Ela não tinha medo. Não saía de sua “torre de vigia”, mas esperava que o rei se compadecesse e desse um sepultamento digno de nobres aos seus filhos. Ela ficou por muitos dias ali, passaram-se mais de dois meses “e foi contado a Davi o que fizera Rispa “(v. 11). O rei ficou sabendo o que Rizpa estava passando... a sua persistência chegou ao conhecimento do rei! “Então foi Davi... e tomou também os ossos dos enforcados... enterraram os ossos... e fizeram tudo o que o rei ordenara. Depois disto, Deus se tornou favorável para com a terra”. (VS. 12, 13, 14). Enquanto Davi não honrou aos que morreram pelo pecado de outro (enterrou seus filhos nas sepulturas dos reis de Israel), não houve o favor, a bênção de Deus sobre a terra. E foi Rispa quem fez a mão do rei Davi trazer a bênção novamente sobre Israel.

Rispa é um forte exemplo de amor materno!

2 comentários:

  1. muito bom minha irmão que Deus continue te abençoando palavras diretas objetivas facil de se entender sem muitas cisas que tirão o foco estarei usando partes desse estudo hoje fica em paz Deus abençoe seu ministério em nome de Jesus

    ResponderExcluir
  2. Apesar do atraso, quero agradecer por suas palavras .
    Estou ativando o blog para dar continuidade à divulgação da palavra de Deus .
    Apareça sempre, compartilhe e ore para que vidas sejam alcançadas através desse trabalho.
    Obrigada pela sua atenção.
    Fica na paz do Senhor.

    ResponderExcluir